porto sentido
Quem vem e atravessa o rio, junto à Serra do Pilar, vê um velho casario que se estende até ao mar. |
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Quem te vê ao vir da Ponte és cascata sanjoanina erigida sobre um monte, no meio da neblina, por ruelas e calçadas, da Ribeira até à Foz, por pedras sujas e gastas e lampiões tristes e sós. |
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Esse teu ar grave e sério dum rosto de cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria. |
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Ver-te assim abandonado nesse timbre pardacento, nesse teu jeito fechado de quem mói um sentimento... e é sempre a primeira vez, em cada regresso a casa, rever-te nessa altivez de milhafre ferido na asa. |
Carlos Tê |
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